quarta-feira, 27 de junho de 2012

O Centro: A Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens

Amo o Centro da cidade. Desde criança tinha fascínio por aquele lugar que é de todos e ao mesmo tempo não é de ninguém. Mas o mais interessante é a como essa parte da cidade tem o poder de manter sua imponência: arquitetura, economia, política, cultura, comércio... bem no meio (?) da urbe. Foi o Brasil por muito tempo (o quanto ainda é?). Palco de muito e de tudo.
Em uma andança, tive a sorte de passar bem em frente à Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens. Aquela entrada pequena guarda um santuário neoclássico - em geral ninguém esquece a primeira vez que vê (assim como nunca me esquecerei da primeira vez que entrei no Maracanã, especialmente o som que invade os ouvidos, mas isso é uma outra história). Dizem que serviu de esconderijo para Tiradentes em fuga. Tive a sorte de passar por lá numa terça-feira de maio, pela hora do almoço, e encontrar perto do altar um violonista e um flautista tocando dentro da nave vazia. Puro lirismo que aguardava por mim. Saibam eles que entrou ali a pessoa que vai carregar o momento para sempre.




Para vocês uma Ave Maria menos conhecida que a de Gounod ou a de Schubert - a de Caccini, que viveu um pouco depois do achamento do Brasil.



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