sexta-feira, 13 de julho de 2012

Dia do Rock! Vamos à Galeria Rock do Rio!


Comecei a comprar discos com 11 anos - de vinil, para deixar claro. Hoje em dia compro ainda mais. Me lembro muito bem que conseguia comprar um LP economizando o dinheiro de um ou dois lanches na escola. Outros tempos.
"Lojas de disco são coisas que não existem mais. Adolescentes já ouviram falar que existiu mas não fazem ideia real do que tenham sido". Hmmm... não é bem assim. As lojas de discos continuam a existir e nunca desapareceram completamente. Para falar a verdade, são dos poucos lugares interessantes e que realmente gosto de frequentar na cidade. Possuem alma, autenticidade e sobretudo conteúdo, muito conteúdo.

Eram muitas as lojas de discos. No subsolo da galeria Vitrine da Tijuca estava a SubSom, que costumava ter um dos melhores acervos da cidade - foi lá que comprei o "Let's Start a War" do Exploited importado e o "Uplift Mofo Party Plan" do Red Hot Chili Peppers numa época em que o nome dessa banda era absolutamente desconhecido no Brasil. Tal galeria - chamada timidamente por alguns de "galeria do Rock" (a timidez é certamente alimentada pela diferença da homônima de São Paulo) - ainda está lá. Possui três lojas de discos e outros comércios interessantes. 


SUBSOLO



No subsolo não existe mais a SubSom, mas a visita vale por dois estabelecimentos de perfis diametralmente opostos: um o Antiquário Fernando França que leva o nome do dono, com peças interessantíssimas; outro a Montana Shop, uma loja de graffiti (sim! Uma loja de graffiti!) com a Alba sempre muito simpática. Há também uma sex shop, mas a dona não gostou de me ver fotografando a fachada, foi antipática e achei a vitrine cafona.


Será que já foi usada para o diz ter sido feita?


"A Cavalgada das Valquírias". Conferi e está correta.



































TÉRREO

No piso térreo destaco a Banzai Tattoo & Piercing, loja matriz desse que é um dos maiores estúdios de tatugens e piercings do Brasil, com lojas em Ipanema e na Barra. Atualmente a série Rio Ink (versão carioca de Los Angeles Ink) está sendo filmada na filial Ipanema.
Banzai



LOJAS DE DISCOS:

No segundo piso estão as lojas de discos. Damos de cara com a Darkland em frente à escada rolante. Muito disco de vinil, CDs, camisetas e outros acessórios. Rolava "The battle of Epping forest", do Genesis quando cheguei (para os meus alunos: raro exemplo de canção com compasso setenário). Comprei um DVD do Motorhead baratinho, R$25,00.
                                                                                            "The battle of Epping forest" - Genesis
Darklands




Bem em frente temos a Sheherazade, que iniciou especializada em rock progressivo, mas atualmente também trabalha com outros estilos. Não à toa soava "I don't want to talk about it" do Rod Stewart. Mas o dono, muito simpático sabia tudo sobre Prog. Resultado: mais um DVD do AC/DC lá em casa. Passatempo da minha viagem, alegria das minhas crianças.


Gostei muito dos relógios de parede com motivos remetendo a logotipos de bandas e capas de discos. Quando forem me dar de presente, quero o da capa do "Aqualung".
Relógios de parede



Sheherazade




Logo ao lado está a Headbanger, a maior das três lojas, também com um bom acervo e grande diversidade de camisetas e acessórios muito interessantes. Acabei perdendo a linha e comprando camisetas pra família toda e uma de presente pro meu sobrinho. O pessoal ouvia um disco do Dream Theater com covers de rock clássico. Me lembro bem de "Machine Messiah" do Yes.






Headbanger








Headbanger - take do interior



Fiquem à vontade para me presentear também com essa coleção do Miles Davis.

TERCEIRO ANDAR

No terceiro andar estão a Banzai Tattoo (a loja só de tatuagens, a de piercing fica no térreo), sempre muito bonita. Lá também se encontra um dos poucos grandes alfaiates da cidade, o Tony. Me lembro que quando criança frequentava a alfaiataria com meu pai, que lá fazia seus ternos. Fico devendo uma foto da loja, mas pode ir que ela está lá.




Fiquei um pouco triste de ver algumas lojas fechadas, mas também confesso que isso dá um ar meio underground ao espaço. Um movimento de união entre as lojas certamente daria um gás ao lugar e traria de volta a garotada à galeria. Se precisarem de mim, estou na área!

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